O melhor está para chegar, ousamos afirmar. Como assim?- diriam nossos amigos de além – Atlântico. A afirmação pode surpreender face ao quadro social que mais à frente apresentaremos. De todo o modo, e de forma apriorística, entendemos dever referir que numa perspectiva cristã, a convicção inabalável que nos anima é de que vem aí um futuro deveras glorioso, a despeito de tudo o que nos rodeia contrariar tal assertiva. Sobre isso, queremos ser parte da solução e não do problema.
Esta temática poderá ser sempre desenvolvida através de uma abordagem de maior ou menor formato, atendendo à sua natureza. Ficaremos pelo meio termo, sendo certo que as considerações que sobre ela se possam tecer, recaem necessariamente no âmbito do livre exercício da normal cidadania, pois o que está aqui verdadeiramente em causa são aspectos de carácter sociológico tendo como pano de fundo a sociedade em geral e o homem, como elemento fulcral, em particular.
Na vida tudo passa – inclusivé os céus e a terra -, graças a  uma dinâmica própria, imparável, excepto a Palavra libertadora que permanece para sempre e configura uma certeza inabalável nas consciências e nas vidas dos cristãos. Por isso dizemos amiudadas vezes que a vida é feita de mudança e processa-se de forma inevitável e indiferente à nossa vontade. Nada acontece ao acaso; ao invés, tudo na vida tem um propósito que nos conduz a realidades palpáveis. Por isso aqui estamos retomando o contacto de frequência bimestral, ao longo desta caminhada na companhia de novos companheiros que a nós se vão juntando.

Crónica dos tempos actuais

Os tempos que actualmente vivemos são geradores de grande estupefacção e espanto devido fundamentalmente aos diversos conflitos de carácter geracional, civilizacional, cultural e religioso. O radicalismo exacerbado, patológico e doentio que medra em alguns quadrantes do planeta, é claramente potenciador da intolerância que conduz, como é sobejamente conhecido, ao perigoso estremar de posições das forças em presença. Ora, quando a humanidade “constrói” um cenário deste tipo, fica a um passo da confrontação e começa a pairar uma grave ameaça para a paz e segurança a nível regional ou mundial.
Passado que está o período festivo da quadra natalícia - os seus ecos já se extinguiram quase por completo - , retomamos o contacto convosco no dealbar do novo ano 2007 que, como se de um menino se tratasse, começa agora a dar os primeiros passos numa caminhada a que todos aguardam venturas sem fim. Como o ser humano anseia ardentemente pela felicidade, por vezes quase inebriante!... Temos de convir, porém, que se trata de uma aspiração humana perfeitamente legítima.
Já cresce notoriamente o espírito da quadra em que nos preparamos para entrar. Em termos sociais há diferentes formas de encarar e vivenciar o Natal, porque o assunto é visto, por um lado, como um tempo meramente de calendário e consumista e, por outro, como um acontecimento de natureza espiritual. Analisado numa perspectiva cristã, o Natal é a concretização de um plano divinamente arquitectado, em nosso favor, e, por isso mesmo, a celebração de um Evento especial respeitante ao nascimento de um Rei que teve o condão de mudar o curso da História da humanidade. Que personagem fascinante, amigos! Importa que nos demos conta de estarmos a fazer referência a um assunto cantado e decantado nos mais diversos tons e formas, que imaginar se possa.
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