A sociedade debate-se actualmente com uma crise de tremendas proporções que suscita naturalmente as maiores apreensões e perplexidades de toda a ordem. O horizonte apresenta-se demasiado carregado e não se vislumbra no imediato a mais pequena solução. A questão tem sido objecto das mais diversas análises e avaliações – todas primam pelo negativismo – sem que daí advenha qualquer resposta para o problema. Prognósticos, previsões e conjecturas parecem inevitavelmente condenados ao fracasso. A situação que a todos atinge e que teve a sua génese na já tristemente célebre “bolha”, provocou uma verdadeira hecatombe nos mercados financeiros a nível planetário.

Jesus Cristo tem sido através de todos os tempos e continuará, por certo, a ser uma figura controversa na História da humanidade. A discussão desta matéria tem muito a ver e está alicerçada no facto incontroverso de Ele ser um personagem único e singular, sob qualquer ponto de vista. Na verdade, nenhum outro, da religião à filosofia, percorrendo todas as outras áreas da intervenção humana, consegue rivalizar com Ele no atinente à identidade que reivindicou. (Acabo de fazer referência a um dos artigos de Samuel R. Pinheiro que muito aprecio).
A vida que desfrutamos é uma preciosa dádiva do Criador a Quem devemos, por isso, expressar a nossa gratidão. Tudo o que vem à nossa vida tem um propósito, determinado superiormente, a que não podemos ficar indiferentes.Todas as situações que nos envolvem estão debaixo do supremo comando e controle de Deus e nada, mesmo o pior que nos possa  contecer, está fora da Sua permissão. O nosso viver não é um mar de rosas, como soe dizer-se, antes um oceano, por vezes, terrivelmente encapelado em que de forma inesperada nos vemos mergulhados. Vem tudo isto a propósito daquilo com que fui surpreendido há alguns meses a esta parte, isto é, a constatação do que os antigos designavam de “doença ruim” – hodiernamente cancro. Ao receber a informação clínica, por via familiar, ecoou dentro de mim a pergunta natural "E agora, sim, que fazer agora?"

Por definição, a cultura, entendida como conhecimento adquirido, é aquilo que resta (ou fica) depois de havermos esquecido o que aprendemos. A aquisição de formação/informação, por sua vez, faz-se por diversas formas, das quais se destacam o ensino programado e o acesso por meios tecnológicos (Net incluída) aos mais variados assuntos e temas que em geral suscitam o nosso interesse e/ou curiosidade.

São visíveis no dia a dia a intranquilidade e a insegurança que dominam as pessoas com quem nos cruzamos a cada passo. Esta indisfarçável realidade é fruto da incógnita do que lhes pode suceder amanhã. No início de um novo ano as questões sociais colocam-se com grande acuidade e suscitam interrogações do estilo: “o que vai acontecer?”; “será que tudo vai correr bem?”; “vem aí alguma tragédia?” Isto aflige séria e psicologicamente o ser humano.

Crónica da Temporalidade

Quando se pensa ou quer definir TEMPO, estamos perante uma tarefa deveras complicada. Com efeito, trata-se de um desafio com que somos confrontados, para administrar algo que não conhecemos ou temos muita dificuldade em equacionar. O fenómeno atmosférico não cabe neste contexto. A questão tem implícita a seguinte pergunta: O que é tempo? A cultura helénica tinha outrora duas palavras para definir tempo”, a saber: Kairós e Crónos. De um modo geral esses termos designavam o “tempo” com significados distintos. Crónos significava o tempo linear que é contínua e matematicamente contado no relógio, isto é, o tempo do cronómetro. Diferentemente, Kairós era o “tempo oportuno” e tinha a ver com as portas ou oportunidades que se abrem em certos momentos da vida e se fecham noutros.
Pág. 3 de 5
Go to top